Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris

La Moustache cachée dans la barbe

 

La Moustache cachée dans la barbe

Dernier projet d’ampleur mené par l’artiste, La Moustache cachée dans la barbe, 2017-2019, succède à TSAE (Trésors submergés de l’ancienne Égypte) (2008-2015) et à L’Assemblée d’Euclide (2003-2006). Conçus selon un processus littéraire, les grands projets comportent des « chapitres ».

La Moustache cachée dans la barbe en compte trois dont sont extraites trois œuvres de cette exposition : Panta Rhei, Le Poumon et le Cœur et Le Firmament. Le titre s’inspire d’une expression prononcée par un homme politique que Francisco Tropa a saisie en raison de son étrangeté et de l’image qu’elle suscite générant l’idée d’un mouvement circulaire et infini. Elle désigne également le langage et invite à s’interroger sur une perception parcellaire du réel. Le premier chapitre de La Moustache cachée dans la barbe intitulé Coleccão a été exposé en 2017 à la Fundação Carmona e Costa à Lisbonne. Il interrogeait l’idée de collection à travers un ensemble de travaux sur papier et d’affiches publicitaires collectés par l’artiste. Café, deuxième développement montré au Grand Café de Saint-Nazaire en 2018, s’inspirait de l’histoire du bistrot comme lieu actif d’échanges et de vies croisées qui tend aujourd’hui à disparaître. Enfin, Le Poumon et le Cœur, présenté à la galerie Gregor Podnar à Berlin en 2019, regroupait trois des six modules que compte l’installation. Se visitant dans la pénombre, il offrait une réflexion sur le fonctionnement du corps à travers différents prismes. Pensés en diptyque, Café et Le Poumon et le Cœur forment l’allégorie d’un cycle de vingt-quatre heures dans lequel se succèdent un jour (phase d’éveil) et une nuit (temps du sommeil et du rêve).

 

 

The Moustache Hidden in the Beard

The last large-scale project created by the artist, The Moustache Hidden in the Beard, 2017-2019, follows TSAE (Submerged Treasures of Ancient Egypt) (2008-2015) and The Assembly of Euclid (2003-2006). Conceived according to a literary process, these large projects are composed of chapters.

The Moustache Hidden in the Beard comprises three chapters, including three of the works exhibited:  Panta Rhei, The Lung and the Heart, and The Firmament. The title comes from a sentence uttered by a politician, adopted by Francisco Tropa for its strangeness and the image it conveys, generating a sense of an infinite circular movement. It also refers to language and invites one to question a fragmentary perception of reality. The first chapter of The Moustache Hidden in the Beard entitled Coleccão was exhibited in 2017 at the Fundação Carmona e Costa in Lisbon. It questioned the idea of a collection through an ensemble of works on paper and advertising posters collected by the artist. Café, the second instalment, shown at the Grand Café in Saint-Nazaire in 2018, took inspiration from the history of the bistro as a place of exchange and encounters, which is disappearing today. Finally, The Lung and the Heart, presented at the Gregor Podnar Gallery in Berlin in 2019, gathered three of the six modules that make up the installation. Visited in semi-darkness, it offered a reflection on the functioning of the body through a variety of prisms. Conceived as a diptych, Café and The Lung and the Heart form an allegory of a twenty-four-hour cycle, where one day (a period of wakefulness) and one night (a period of sleep and dreams) succeed one another. 

 

 

O Bigode Escondido na Barba

O mais recente projecto de grande escala do artista, O Bigode Escondido na Barba (2017-2019), segue-se a TSAE (Tesouros Submersos do Antigo Egipto) (2008-2015) e A Assembleia de Euclides (2003-2006). Concebidos segundo um processo literário, estes grandes projectos são compostos por «capítulos».

O Bigode Escondido na Barba tem três, dos quais foram extraídas três obras apresentadas nesta exposição: Panta Rhei, O Pulmão e o Coração e O Firmamento. O título inspira-se numa expressão proferida por um político da qual Francisco Tropa se apropriou devido à sua estranheza e à imagem que suscita, gerando a ideia de um movimento circular e infinito. Também se refere à linguagem, convidando a questionar uma percepção fragmentada da realidade. O primeiro capítulo de O Bigode Escondido na Barba, intitulado Colecção, foi apresentado em 2017, na Fundação Carmona e Costa em Lisboa. Nele, questionava-se a ideia de colecção por meio de um conjunto de obras sobre papel e cartazes publicitários recolhidos pelo artista. A segunda iteração, Café, foi mostrada no Grand Café de Saint-Nazaire, em 2018, e inspirava-se na história do café como local activo de intercâmbios e cruzamentos de experiências, actualmente em extinção. Por fim, O Pulmão e o Coração, apresentado na galeria Gregor Podnar, em Berlim, em 2019, congregava três dos seis módulos que compõem a instalação. Visitado na penumbra, oferecia uma reflexão sobre o funcionamento do corpo através de diferentes prismas. Concebidos como díptico, Café e O Pulmão e o Coração formam a alegoria de um ciclo de vinte e quatro horas em que se sucedem um dia (a fase de vigília) e uma noite (o tempo da inactividade e do sonho).